Marly y Friedmann: Sus Huertas costaron 19 millones pero va sin pozo artesiano




O Ministério da Agricultura e Pecuária anunciou no último mês de abril um plano de atendimento a 50 mil pomares com kits de sementes, insumos e assistência técnica. O ambicioso plano buscava a autossuficiência interna em produtos da cesta básica.

Uma equipe de La Caja Negra percorreu algumas áreas beneficiadas pelo projeto de Friedmann no departamento de San Pedro. Visitamos a 13 Associação de Produtores de Tuyuti do distrito de San Pedro de Ycuamandyju. De acordo com o MAG, esta associação recebeu um total de GS 1.800 milhões para a construção de 98 jardins familiares de 400 m². Cada jardim custou cerca de 19 milhões cada.


O projeto deveria incluir malha, meia sombra, risco de gotejamento, cerca perimetral, equipamentos e perfuração de poços artesianos, que foram instalados em diferentes comunidades rurais deste distrito, como Picada Fernández, Zolabarrieta, Rosario Loma, Ñanducua, etc.

Porém, de acordo com a reclamação dos humildes beneficiários, a maioria dos pomares instalados não possui poços artesianos, o que dificulta a produção hortícola.




Os pequenos produtores da empresa Rosario Loma indicaram que é impossível fazer funcionar o sistema de irrigação para a produção porque eles não têm água e a única forma é conectar o sistema de água potável da comunidade, mas para isso terão que pagar muito mais pela abastecimento de água.

Eles garantem que o sistema comunitário não está preparado para suportar a quantidade de água necessária para a irrigação, por isso consideram que o projeto não é sustentável.


Os moradores afirmaram que descobriram que os pomares deveriam ter poços artesianos, no dia em que o ministro Friedmann chegou à Compañía Picada Fernández para a inauguração dos pomares, entretanto agora esperam que a perfuração dos poços seja concluída e assim possibilitar o funcionamento do sistema de irrigação dos pomares para poder produzir.

Também denunciaram que as sementes foram entregues em mau estado, em sacos plásticos, o que afetaria a capacidade de germinação das espécies vivas entregues.


O Ministério a cargo de Rodolfo Friedmann concedeu uma licitação anual no valor de Gs 14.482 milhões apenas para o fornecimento de sementes para autoconsumo. Além disso, está encerrada e prestes a ser adjudicada mais um concurso para o fornecimento de sementes e fertilizantes para autoconsumo no valor de 15 mil milhões de Gs.

Apesar dos anúncios, o plano do Ministério da Agricultura não prevê acompanhamento detalhado e constante dos técnicos às famílias produtoras, por isso teme-se que se torne apenas mais uma despesa de recursos públicos.

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